O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), decretou na
noite desta segunda-feira (01), o toque de recolher em todo o estado numa
tentativa de conter o avanço da pandemia de covid-19. O prazo de vigência é de
15 dias, prorrogáveis ou não. O decreto entra em vigor já a partir de amanhã.
Ratinho Jr. considerou três aspectos principais para publicar o decreto: a
necessidade de uma análise permanente de reavaliação do cenário epidemiológico;
o índice de taxa de reprodução do vírus acima da média para a capacidade de
leitos exclusivo de covid-19; e a expansão de leitos de UTI para covid, que já
encontra em seu último estágio.
O “toque de recolher” é aplicado por governos
ou autoridades, e se aplica para impedir que pessoas permaneçam nas ruas após
uma determinada hora. No caso do Paraná, as pessoas estarão proibidas de
circular e se aglomerar em espaços de vias públicas, diariamente, “no
período de 23 h às 5 h”. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a gestão de
Ratinho Jr. também deve retomar o trabalho remoto para servidores estaduais e
recomendar que prefeituras e outros órgãos públicos tomem a mesma medida. A
partir desta terça-feira, também estão suspensas as cirurgias eletivas em todo
o Paraná.
O decreto de toque de recolher ocorrer em meio a pico no
número de casos de coronavírus no estado: 2.539 casos confirmados e 61 mortes
em decorrência da doença foram registrados somente nas últimas 24 horas. Ao
todo, são 282.645 casos e 6.160 mortos. A situação mais crítica da pandemia
ocorre em Curitiba e na região metropolitana da capital, onde 93% dos leitos de
UTI estão ocupados. Cerca de 50 pessoas aguardam vagas em UTIs em hospitais
lotados.