Menino de 5 anos é esquecido dentro de van escolar por 9 horas
Um menino de 5 anos de idade foi esquecido dentro de uma van escolar durante 9 horas, sem comida nem bebida, em Macaé, no Norte Fluminense. O caso aconteceu na última terça-feira (18).
A avó de Jarbas Junior, Vanessa Cristiane Batista Gomes, contou que a família só descobriu o que aconteceu quando os responsáveis pelo transporte escolar voltaram à escola, às 17hs. A escola ligou para a família informando que o menino não tinha comparecido à aula e que era para a família ir buscá-lo.
“Nós mandamos ele pra escola 6h40 da manhã. Quando chegamos lá, a escola falou que ele ficou dentro da van o dia todo. Nove horas preso no cinto de segurança, nove horas sem comer, sem beber água. Inclusive ele tinha até feito xixi”, disse a avó, indignada.
Vanessa alega que o neto passou horas de desespero por uma negligência, principalmente por parte da empresa que faz o transporte dos estudantes. Ela reclama, ainda, que nem o motorista nem a monitora conferiram se todas as crianças tinham desembarcado na escola.
O Conselho Tutelar foi acionado e o caso foi registrado na delegacia de Macaé. A família disse que vai processar os responsáveis pelo descuido com o menino.
“Nós ficamos indignados! E se ele tivesse morrido? É inaceitável o que aconteceu com meu neto e eu quero que isso nunca mais se repita. Por isso nós procuramos o Conselho Tutelar e registramos pessoalmente o caso na polícia civil”, desabafou Vanessa.
Em nota, a Prefeitura de Macaé informou que lamenta o ocorrido e afirmou que a Secretaria Municipal de Educação solicitou à empresa contratada para prestar o serviço de transporte escolar uma imediata apuração do caso. A Prefeitura também informou que pediu que a empresa demitisse o motorista e a monitora, responsáveis pela guarda da criança, o que foi feito nesta quarta-feira (19), segundo a assessoria de comunicação.
O município disse, ainda, que foi registrado um boletim de ocorrência na delegacia para apuração dos fatos e que a Secretaria de Educação encaminhou solicitação à Procuradoria do Município para abertura de processo civil contra os responsáveis pelo ocorrido.
FONTE: G1