O pior quadro previsto para a pandemia do
novo CORONAVÍRUS, o colapso do sistema de saúde, se concretizou em Manaus. E
com uma agravante para o desespero de pacientes, parentes, profissionais de
saúde e até mesmo de políticos: os internados começaram a morrer por falta de
oxigênio para ajudá-los a respirar. Os leitos, que antes salvavam vidas,
tornaram-se urnas funerárias, já que pessoas começaram a perder a vida
asfixiadas. O quadro de terror e descalabro começou a vir à tona ainda ontem
pela manhã, quando as redes sociais foram inundadas por depoimentos de médicos,
enfermeiros, auxiliares que viam aqueles que estavam sob seus cuidados não
resistirem porque lhes faltava o oxigênio necessário para respirar.
Em meio ao caos e
por reconhecer que a doença dominou a rede de saúde, o governador Wilson Lima
(PSC) informou que 235 pacientes seriam transferidos de Manaus para outros
estados. No decorrer do dia, relatos e imagens de pessoas buscando cilindros de
oxigênio para levar aos seus parentes em unidades de saúde da capital
amazonense tomaram as redes sociais. Com a falta do produto, ficou
comprometida, inclusive, a abertura de leitos que estavam prontos para serem
habilitados, como informou a Secretaria de Saúde do estado.
O relato
desesperado de uma servidora do Serviço de Pronto Atendimento e Policlínica Dr.
José Lins, que viralizou nas redes, traduz o descalabro da saúde em Manaus. “Nós
estamos em uma situação deplorável. Simplesmente, acabou o oxigênio de toda a
unidade de saúde. É muita gente morrendo. Quem tiver disponibilidade, por favor
traga aqui para o SPA e para a policlínica da Redenção. Tem muita gente
morrendo. Pelo amor de Deus”, suplica ela no vídeo. Na postagem seguinte, ela
registra dois cilindros chegando em viaturas policiais e os militares, às
pressas, transportando o produto.