FALTA DE OXIGÊNIO OBRIGA A TRANSFERÊNCIA DE 235 PACIENTES DE MANAUS PARA OUTROS ESTADOS

FALTA DE OXIGÊNIO OBRIGA A TRANSFERÊNCIA DE 235 PACIENTES DE MANAUS PARA OUTROS ESTADOS

O pior quadro previsto para a pandemia do novo CORONAVÍRUS, o colapso do sistema de saúde, se concretizou em Manaus. E com uma agravante para o desespero de pacientes, parentes, profissionais de saúde e até mesmo de políticos: os internados começaram a morrer por falta de oxigênio para ajudá-los a respirar. Os leitos, que antes salvavam vidas, tornaram-se urnas funerárias, já que pessoas começaram a perder a vida asfixiadas. O quadro de terror e descalabro começou a vir à tona ainda ontem pela manhã, quando as redes sociais foram inundadas por depoimentos de médicos, enfermeiros, auxiliares que viam aqueles que estavam sob seus cuidados não resistirem porque lhes faltava o oxigênio necessário para respirar.

Em meio ao caos e por reconhecer que a doença dominou a rede de saúde, o governador Wilson Lima (PSC) informou que 235 pacientes seriam transferidos de Manaus para outros estados. No decorrer do dia, relatos e imagens de pessoas buscando cilindros de oxigênio para levar aos seus parentes em unidades de saúde da capital amazonense tomaram as redes sociais. Com a falta do produto, ficou comprometida, inclusive, a abertura de leitos que estavam prontos para serem habilitados, como informou a Secretaria de Saúde do estado.

O relato desesperado de uma servidora do Serviço de Pronto Atendimento e Policlínica Dr. José Lins, que viralizou nas redes, traduz o descalabro da saúde em Manaus. “Nós estamos em uma situação deplorável. Simplesmente, acabou o oxigênio de toda a unidade de saúde. É muita gente morrendo. Quem tiver disponibilidade, por favor traga aqui para o SPA e para a policlínica da Redenção. Tem muita gente morrendo. Pelo amor de Deus”, suplica ela no vídeo. Na postagem seguinte, ela registra dois cilindros chegando em viaturas policiais e os militares, às pressas, transportando o produto.